Por Rodrigo Ramos,
O mundo conspira a nosso favor, cada ação manifestada a cada dia é um reflexo dos nossos valores que possuímos internamente. Como não conseguimos fazer tudo o que queremos ao mesmo tempo, somos obrigados a escolher o que iremos fazer a cada momento de nossas vidas. Sempre nos faltam tempo, dinheiro, braços e até mesmo vontade. Querendo ou não o comodismo ainda nos afeta muito, mas não devido à falta total de interesse, e sim à uma rotina pesada que se passa a cada dia. Deixando-nos fadigados ao fim de cada tarde, que muito se deve à falta de saber o que fazer e a hora certa de fazer cada obrigação. Assim sendo, nosso cérebro utiliza um processo natural de seleção do que fazer e do que não fazer baseado no fator importância, ou seja, se valorizo algo ou não. Aquilo que me agradar em um termo maior será feito primeiro, o que não valorizo tão urgentemente não faço com tanta ênfase ou presa. Então concluímos que somos guiados pelo que achamos mais importante.
Duas das principais características do tempo é que ele é rápido a cada passar de ano e cada dia mais limitado, momentâneo e até mesmo passageiro. Tempo passado não pode ser recuperado. “Águas passadas não movem moinhos”. Em um de meus livros escrevi uma frase que foi um pouco criticada.
“Às vezes lançamos nosso passado em um abismo, mas nos esquecemos de dar um passo para trás e nos inclinarmos para ver se ele realmente está morto”
A grande jogada de saber lidar com o tempo que nos resta, é saber filosofar sobre o tempo que já foi gasto. São conceitos básicos e naturais que perdemos com o passar do tempo e com este mercado de trabalho que nunca para. Temos de nos adaptar a cada mês, a cada dia a uma nova forma de trabalhar e de nos comportar. E com isso um mecanismo mais que automático nos priva de necessidades principais e essenciais para uma vida saudável e de sucesso pessoal e financeiro. Mas a verdade é que só temos uma chance para viver, uma única oportunidade que devemos aproveitar da melhor forma possível.
Vivemos como se nunca fossemos morrer. Como o tempo é um recurso caríssimo e muito limitado, devemos pensar bem como investimos nesse precioso bem. Normalmente por que damos mais valor ao que nos convém momentaneamente. Devemos notar que ainda vivemos em uma sociedade metamórfica, individualista, consumista e altamente desumana. A muito, mas há muito tempo mesmo, valorizam-se mais o ter do que o ser, ou seja, (é dado um valor maior às riquezas do que ao real valor humano.)
Como isso se aplica ao meu emprego?
Um exemplo que ainda vem sendo seguido em quase todas as empresas é o processo de seleção para cargos superiores. As seleções ainda muitas vezes são efetuadas pelo numerário que o funcionário representa para a empresa no fim do mês. Em uma empresa qualquer de vendas, muitas vezes se promove de cargo um bom vendedor que efetua ótima vendas por mês, mas cria-se um péssimo gerente, pois o mesmo não possui as competências necessárias para exercer o cargo ou mesmo a índole de saber lidar com tal gestão. O correto seria a visão de competências solicitadas para o cargo. Isso por nos preocuparmos mais com concreto e deixamos de lado à verdadeira essência.
Pergunte a uma pessoa mais idosa sobre o que é mais importante na vida. Muito provavelmente a resposta será que o que mais importa na vida é a saúde, pois uma vez perdida, as conseqüências são desastrosas, diante disto as outras coisas perdem o valor. A realidade é que muitas pessoas pensam em construir grandes coisas, possuem grandes sonhos, querem realizar muitas obras, mas esquecem de si mesmas. A parte mais desprezada é a estrutura interior, a parte invisível que está dentro de cada um. Ainda priorizamos muito nosso trabalho ou estudos e se esquecem de cuidar de sua saúde, deixam de cuidar da habitação do espírito, o seu próprio corpo. Possuímos deveres e razões que são inegociáveis, pois compõem a estrutura básica de um indivíduo. Acredito que estes são os cinco valores responsáveis pela integridade, e qualidade de vida de todas as pessoas.
Valores que jamais devemos desprezar:
- Saúde Espiritual
- Saúde Física
- Saúde Emocional
- Saúde Social
- Saúde Intelectual
Cada um destes valores quando deixados de lado, causam diferentes tipos de “enfermidades” e “pedras” na vida de cada indivíduo. A sociedade atual ainda despreza esses valores, deixando-os de lado e colocando-os em segundo plano, e a conseqüência disso são os consultórios médicos e psiquiátricos lotados. E a famosa doença do século chamada stress ataca tudo e a todos. Andamos a cada dia com a cabeça mais cheia e os ombros mais pesados, pois nos sentimos na posição de carregar o mundo em nossas costas. Segundo especialistas, o mal do século XXI serão as doenças psicossomáticas, causadas pelo ritmo em que as pessoas são submetidas, causando um estresse exagerado, gerando enfermidades como depressão, ansiedade e diminuição da qualidade de vida em geral.
Será que existe como ter uma vida produtiva e ao mesmo tempo realizada, feliz e sem transtorno com as terríveis conseqüências dessa sociedade que segue em ritmo de loucura?
Temos que aprender a administrar melhor nosso tempo, e a primeira coisa que devemos fazer é priorizar o que realmente nos fará pessoas mais prósperas, felizes e produtivas.
Por que se martirizar em um emprego que você não se sente bem? Abordaremos os cinco fatores em posts separados, acredito que apesar de ser um fator que o ser humano deveria carregar consigo mesmo e naturalmente, perdemos com tempo e com a urgência de crescermos cada vez mais e mais. Este nosso segundo encontro é um pouco mais reflexivo, devemos ter a consciência do que estamos aprendendo. Pois na maioria das teorias elas são muito bonitas no papel, mas não são fáceis de serem aplicadas.
“Não devemos somente apreender, mas sim repreender, absorver ao máximo o que de novo nos é dado.”
Rodrigo Ramos
Setor juridico
Escritor, Colunista e Critico
Coluna 2: http://economize.blog.br/author/rramos
Msn: rodrigoramosconsultoria@gmail.com
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