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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Por que mudar?

Vivemos na era da perplexidade, quando o conhecimento de meia hora antes já foi tornado obsoleto por algo novo. Vivemos em um mercado em que as ideias, os recursos e as competências estão globalizados e a informação viaja numa velocidade espantosa, fazendo com que as organizações tenham de estar alterando constantemente sua maneira de agir, para se adequarem ao meio em que estão inseridas. Faz-se necessário que esse processo de mudança seja bem entendido e bem gerenciado pelos executivos da organização.

Quando falamos em mudança dentro de uma empresa, pode significar desde uma alteração de posição no mercado em que ela está inserida, mudanças em sua função social, modificação em seu direcionamento estratégico com possível alteração em sua missão, até uma mudança em sua cultura, com reavaliação de seus valores e práticas em diferentes níveis de autoridade e responsabilidade.

As mudanças que afetam diariamente as organizações ocorrem, na maioria dos casos, com as mudanças de local de trabalho na estrutura organizacional, na linha de produtos ou de mercado, na política de comercialização, na implementação de novas tecnologias ou nas estratégias de sobrevivência com redução de custos e pessoas: as transições decorrentes de tais mudanças, geralmente são mal compreendidas e mal administradas.

A mudança é vista como um processo natural ao longo da existência das organizações e é decorrente da reação destas à ação de forças exercidas pelo meio em que estão inseridas. O fato é que mudanças e transições, quando mal conduzidas, acabam levando muito mais tempo e envolvendo mais recursos do que qualquer um poderia prever, além de causar desgastes desnecessários para as pessoas envolvidas.

Os motivos de qualquer mudança em uma organização estão dentro da própria empresa ou no ambiente em que se encontra, ou na combinação de ambos. A mudança causada por essas forças vai depender de sua natureza e intensidade, mas também da própria capacidade e versatilidade da organização em enfrentá-las.

Flavio Barbosa da Silva é professor, consultor e conferencista.
Blog: www.flaviosilva.soeducacao.com.br

O texto acima foi publicado na Comunidade VendaMais.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Tudo em um clique

Texto extraído da [E-zine Liderança]

Se você fosse abrir uma empresa na década de 1990, seu checklist incluiria:

1. Pegar fôlderes e banners na gráfica.

2. Alugar carro de som para divulgar a empresa pela região.

3. Enviar convites para todos os seus amigos.

4. Enviar faxes para a imprensa.

Hoje, nessa lista têm de ser incluídos outros itens:

1. Montar um site.

2. Divulgar a marca nas redes sociais.

3. Montar loja virtual.

4. Enviar e-mail para todos os seus amigos.

Nem todos os itens mudaram e nem todos os mais recentes são obrigatórios, mas, se você quer reforçar a visibilidade de sua empresa que está chegando agora em um mercado saturado, é interessante ir pensando em diferenciais.

Você sabia que é possível criar um site em 30 minutos e montar um plano de marketing em 45 minutos? E que, em 10 minutos, você pode negociar com um chinês a importação de seu produto?

A gigante Google lançou, em maio de 2011, no Brasil, o programa Conecte Seu Negócio, em parceria com o Sebrae, a HP e a Yola. O objetivo é dar “uma mão” para pequenas empresas que ainda não têm um site.

Mesmo sem conhecimento de programação ou linguagem específica, é possível montar sozinho um site completo, acessando o link www.conecteseunegocio.com.br. Depois de pronta, a sua página virtual vai precisar de uma ajuda para ficar conhecida, certo? “Após a criação do site, os empresários receberão créditos da Google AdWords – solução de publicidade on-line – para promover seu site na internet”, explica o diretor de vendas on-line da Google no Brasil, Alessandro Leal. O valor do cupom para divulgação é de R$150,00.

Outras facilidades para quem abre o site pelo Conecte Seu Negócio vêm com as parcerias. A Yola oferece ferramentas para criação e design de sites, o Sebrae promove palestras e workshops para os cadastrados e a HP dá desconto em computadores e impressoras para que o monitoramento do site não seja prejudicado pela falta de um bom equipamento.

O site de sua empresa já está pronto, agora falta um planejamento de marketing para saber aonde chegar e quais objetivos traçar. Quem pode dar uma força nesse sentido é o Sebrae, com o programa Click Marketing, por meio do site www.clickmarketing.sebrae.com.br. A ferramenta está disponível on-line e promete um planejamento completo em, no máximo, 45 minutos. Desenvolvido em agosto de 2010, o site já teve 184 mil acessos e mais de 13 mil planos de marketing concluídos.

O auxílio não tem custo, é necessário apenas ter CNPJ. O programa ajuda a descobrir o perfil da empresa, do público-alvo e qual rumo pode-se tomar. Enquanto a pessoa monta seu planejamento, tutores estão disponíveis para auxiliá-la via e-mail, além de ter à sua disposição, no site, dicas e exemplos com as principais dúvidas. A base da estrutura do programa utiliza nove passos:

1. Motivação: indicar qual é o seu objetivo ao elaborar o plano de marketing.

2. Análise interna: descobrir seus pontos fortes e fracos.

3. Análise de ambiente: listar as oportunidades e ameaças.

4. Identificação de oportunidade: descobrir como atender às necessidades do seu cliente.

5. Objetivos estratégicos: definir metas em médio e longo prazos.

6. Perfil dos clientes: identificar seu cliente ideal.

7. Diferencial: escrever o que você faz para não ser apenas mais um no mercado.

8. Mix de marketing: definir estratégias de atuação no mercado, com base em todas as informações que já preencheu.

9. Plano de ação e monitoramento: preencher listas que lhe permitirão verificar constantemente se o seu negócio está no caminho certo.

Sua empresa já tem site e planejamento de marketing, mas você sente que ela ainda pode crescer muito. Hoje, já não é necessário se tornar uma grande empresa, com alta lucratividade, para fazer negócios fora do Brasil. Aliás, você não precisa nem sair da sua sala para fazer negócios com chineses e norte-americanos ao mesmo tempo. Quem proporciona essa relação é o site Yes, I Can do B2B (www.yesicandob2b.com), criado por Pierre Grossmann, de 71 anos.

O site é uma espécie de rede social, mas, em vez de perfis de pessoas, como no Facebook, contém perfis de empresas. Para fazer parte dessa rede de empresas, basta criar um login, gratuitamente, com o nome da sua empresa e o CNPJ. “O Yes, I Can do B2B ajuda o empresário de duas formas: facilita a associação dos termos técnicos, em inglês, de que ele precisa para fazer uma busca com 100% de precisão, e também faz com que ele encontre parceiros de negócios na China, na Índia, no mundo inteiro. Este é o objetivo de todo empresário: vender, no fim do dia, o seu produto”, analisa Grossmann.

Apesar de a criação de um perfil ser gratuita, a empresa que desejar colocar um catálogo com seus produtos e preços paga uma anuidade de US$200. “É menos de um dólar por dia”, enfatiza Grossmann. Ele conta que assim a visibilidade da empresa aumenta. “Se ele fabrica 1,5 mil produtos, pode colocar todos à disposição e atualizar isso durante um ano. Quem puxar o perfil dele vai ver o catálogo também. Vai ser como se você tivesse anunciando em 195 países”, reforça o criador do site.

Não é necessário ter domínio de outras línguas para criar a rede social da empresa. “No Brasil, nós temos 5 milhões de pequenas empresas e muitas delas não dominam o idioma inglês. Nem os brasileiros nem os chineses dominam o inglês, muito menos o inglês técnico. Vou lhe dar um exemplo: o parafuso de alumínio usado para uma roda de bicicleta. Isso poucas pessoas sabem em inglês, mesmo o dono da metalúrgica não sabe classificar aquele produto que ele fabrica”, observa. Grossmann garante que seu banco de dados vai contribuir com a negociação.

Um grande abraço e até a semana que vem.

Júlio Clebsch
Editor da revista Liderança
www.lideraonline.com.br

P.S.:
este texto é uma edição da matéria Tudo em um clique, de autoria de Evelise Toporoski, publicado na revista Liderança do mês de outubro. Acesse aqui.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

7 razões pelas quais Steve Jobs era um campeão de vendas

Abaixo segue trecho de material produzido e publicado por Raúl Candeloro*


Steve Jobs era, sem dúvida alguma, alguém que entendia como ninguém tanto a arte quanto a ciência de vender. Quando você consegue fazer com que o mundo inteiro fique esperando qual é a sua última novidade, quando os concorrentes não sabem o que fazer a não ser copiá-lo, quando existem revistas, sites e blogs dedicados apenas à sua marca… obviamente você é um sucesso que merece ser estudado.

Peneirando as muitas coisas boas que ficaram, separei algumas frases que resumem o pensamento desse grande vendedor que se foi:

1. Tenha orgulho dos seus produtos e serviços – “Quando você é um carpinteiro construindo um belo armário, não vai colocar um pedaço de compensado na parte de trás, mesmo que esse lado fique para a parede e ninguém veja. Você sabe que está lá, então você vai usar madeira de primeira qualidade ali também. Para que você possa dormir tranquilo à noite, a estética e a qualidade têm que estar presentes em tudo o que você faz”.

2. Confie no seu instinto – “Seu tempo é limitado, então não o perca vivendo a vida dos outros. Não fique aprisionado por dogmas, que é viver com os resultados dos pensamentos dos outros. Não deixe que o ruído da opinião das outras pessoas afogue sua própria voz interior. E o mais importante: tenha a coragem de seguir seu coração e a sua intuição. Eles, de alguma forma, já sabem o que você realmente quer. Todo o restante é secundário.Você não consegue juntar os pontos olhando para frente, você só consegue juntá-los olhando para trás. Então, você precisa acreditar que os pontos vão se juntar no futuro. Você precisa acreditar em alguma coisa: sua intuição, destino, karma, seja lá o que for. Essa forma de encarar as coisas nunca falhou e fez toda a diferença na minha vida”.

3. Entenda qual é sua missão – “Lembrar-me de que morrerei em breve é a ferramenta mais importante que encontrei para me ajudar a tomar as grandes decisões na vida, porque quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de passar vergonha ou do fracasso – tudo isso, simplesmente some quando você enfrenta a morte, deixando apenas o que é realmente importante. Lembrar que se vai morrer é a melhor forma que conheço de evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Na verdade, você já está nu. Não existe motivo algum para não seguir seu coração. Ser o homem mais rico do cemitério não significa nada para mim. Ir para a cama pensando que fizemos algo maravilhoso – isso é o que me interessa”.

4. Aprenda com os melhores – “Picasso costumava dizer: ‘Bons artistas copiam, artistas geniais roubam’. Nunca tivemos vergonha de roubar boas ideias”.

5. Entenda seu posicionamento – “A Apple tem uma participação de mercado maior do que BMW, Porsche ou Mercedes. Qual é o problema de ser uma BMW ou Mercedes?”.

6. Foco e simplicidade – “Estes têm sido um de meus mantras: foco e simplicidade. Simples pode ser mais difícil do que complexo. Você precisa trabalhar duro para limpar sua mente e deixar as coisas simples. Mas vale muito a pena porque, no final, uma vez que você chega lá, consegue mover montanhas”.

7. Seja um apaixonado pelo que faz e não se acomode – “Nos últimos 33 anos, eu me olhei no espelho todos os dias pela manhã e me perguntei: ‘Se hoje fosse o último dia da minha vida, eu gostaria de fazer o que vou fazer hoje?’. Sempre que a resposta é ‘não’ por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa. Seu trabalho vai preencher grande parte da sua vida e a única forma de ficar verdadeiramente satisfeito é fazendo algo que você acredita ser um grande trabalho. E a única forma de realizar grandes trabalhos é quando você ama o que faz. Se você ainda não achou, continue procurando. Não se acomode. Como em todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar o que procura. E, como toda boa relação, ela vai melhorando e melhorando conforme os anos vão passando. Então, continue procurando enquanto você não encontrar. Não se acomode”.

A melhor frase de todas eu guardei para o final. Quando perguntado sobre o que realmente fazia, Jobs respondeu: “Nós criamos bicicletas para a mente”. Isso sim é transformar característica em benefício.


* Raúl Candeloro (Formado em Administração de Empresas, tem experiência de 16 anos em vendas; Fundador da Editora Quantum, promove informação e capacitação profissional; Editor e idealizador da revista VendaMais, exclusiva para a área de vendas; Criou a maior comunidade de vendas e marketing do Brasil; O portal VendaMais tem hoje mais de 100.000 pessoas recebendo sua e-zine.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Administração do Tempo II

Por Rodrigo Ramos,

O mundo conspira a nosso favor, cada ação manifestada a cada dia é um reflexo dos nossos valores que possuímos internamente. Como não conseguimos fazer tudo o que queremos ao mesmo tempo, somos obrigados a escolher o que iremos fazer a cada momento de nossas vidas. Sempre nos faltam tempo, dinheiro, braços e até mesmo vontade. Querendo ou não o comodismo ainda nos afeta muito, mas não devido à falta total de interesse, e sim à uma rotina pesada que se passa a cada dia. Deixando-nos fadigados ao fim de cada tarde, que muito se deve à falta de saber o que fazer e a hora certa de fazer cada obrigação. Assim sendo, nosso cérebro utiliza um processo natural de seleção do que fazer e do que não fazer baseado no fator importância, ou seja, se valorizo algo ou não. Aquilo que me agradar em um termo maior será feito primeiro, o que não valorizo tão urgentemente não faço com tanta ênfase ou presa. Então concluímos que somos guiados pelo que achamos mais importante.

Duas das principais características do tempo é que ele é rápido a cada passar de ano e cada dia mais limitado, momentâneo e até mesmo passageiro. Tempo passado não pode ser recuperado. “Águas passadas não movem moinhos”. Em um de meus livros escrevi uma frase que foi um pouco criticada.

“Às vezes lançamos nosso passado em um abismo, mas nos esquecemos de dar um passo para trás e nos inclinarmos para ver se ele realmente está morto”

A grande jogada de saber lidar com o tempo que nos resta, é saber filosofar sobre o tempo que já foi gasto. São conceitos básicos e naturais que perdemos com o passar do tempo e com este mercado de trabalho que nunca para. Temos de nos adaptar a cada mês, a cada dia a uma nova forma de trabalhar e de nos comportar. E com isso um mecanismo mais que automático nos priva de necessidades principais e essenciais para uma vida saudável e de sucesso pessoal e financeiro. Mas a verdade é que só temos uma chance para viver, uma única oportunidade que devemos aproveitar da melhor forma possível.

Vivemos como se nunca fossemos morrer. Como o tempo é um recurso caríssimo e muito limitado, devemos pensar bem como investimos nesse precioso bem. Normalmente por que damos mais valor ao que nos convém momentaneamente. Devemos notar que ainda vivemos em uma sociedade metamórfica, individualista, consumista e altamente desumana. A muito, mas há muito tempo mesmo, valorizam-se mais o ter do que o ser, ou seja, (é dado um valor maior às riquezas do que ao real valor humano.)

Como isso se aplica ao meu emprego?

Um exemplo que ainda vem sendo seguido em quase todas as empresas é o processo de seleção para cargos superiores. As seleções ainda muitas vezes são efetuadas pelo numerário que o funcionário representa para a empresa no fim do mês. Em uma empresa qualquer de vendas, muitas vezes se promove de cargo um bom vendedor que efetua ótima vendas por mês, mas cria-se um péssimo gerente, pois o mesmo não possui as competências necessárias para exercer o cargo ou mesmo a índole de saber lidar com tal gestão. O correto seria a visão de competências solicitadas para o cargo. Isso por nos preocuparmos mais com concreto e deixamos de lado à verdadeira essência.

Pergunte a uma pessoa mais idosa sobre o que é mais importante na vida. Muito provavelmente a resposta será que o que mais importa na vida é a saúde, pois uma vez perdida, as conseqüências são desastrosas, diante disto as outras coisas perdem o valor. A realidade é que muitas pessoas pensam em construir grandes coisas, possuem grandes sonhos, querem realizar muitas obras, mas esquecem de si mesmas. A parte mais desprezada é a estrutura interior, a parte invisível que está dentro de cada um. Ainda priorizamos muito nosso trabalho ou estudos e se esquecem de cuidar de sua saúde, deixam de cuidar da habitação do espírito, o seu próprio corpo. Possuímos deveres e razões que são inegociáveis, pois compõem a estrutura básica de um indivíduo. Acredito que estes são os cinco valores responsáveis pela integridade, e qualidade de vida de todas as pessoas.

Valores que jamais devemos desprezar:
- Saúde Espiritual
- Saúde Física
- Saúde Emocional
- Saúde Social
- Saúde Intelectual

Cada um destes valores quando deixados de lado, causam diferentes tipos de “enfermidades” e “pedras” na vida de cada indivíduo. A sociedade atual ainda despreza esses valores, deixando-os de lado e colocando-os em segundo plano, e a conseqüência disso são os consultórios médicos e psiquiátricos lotados. E a famosa doença do século chamada stress ataca tudo e a todos. Andamos a cada dia com a cabeça mais cheia e os ombros mais pesados, pois nos sentimos na posição de carregar o mundo em nossas costas. Segundo especialistas, o mal do século XXI serão as doenças psicossomáticas, causadas pelo ritmo em que as pessoas são submetidas, causando um estresse exagerado, gerando enfermidades como depressão, ansiedade e diminuição da qualidade de vida em geral.

Será que existe como ter uma vida produtiva e ao mesmo tempo realizada, feliz e sem transtorno com as terríveis conseqüências dessa sociedade que segue em ritmo de loucura?
Temos que aprender a administrar melhor nosso tempo, e a primeira coisa que devemos fazer é priorizar o que realmente nos fará pessoas mais prósperas, felizes e produtivas.
Por que se martirizar em um emprego que você não se sente bem? Abordaremos os cinco fatores em posts separados, acredito que apesar de ser um fator que o ser humano deveria carregar consigo mesmo e naturalmente, perdemos com tempo e com a urgência de crescermos cada vez mais e mais. Este nosso segundo encontro é um pouco mais reflexivo, devemos ter a consciência do que estamos aprendendo. Pois na maioria das teorias elas são muito bonitas no papel, mas não são fáceis de serem aplicadas.

“Não devemos somente apreender, mas sim repreender, absorver ao máximo o que de novo nos é dado.”


Rodrigo Ramos
Setor juridico
Escritor, Colunista e Critico
Msn: rodrigoramosconsultoria@gmail.com

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Idalberto Chiavenato abre a caixa de ferramentas do Administrador


Em artigo exclusivo publicado na edição 0 da revista Administradores, umas das principais autoridades da área na América Latina fala sobre as especificidades do trabalho dos profissionais de Administração.

Autor de 30 best-sellers publicados no Brasil e 17 obras em língua espanhola, Chiavenato é uma das principais autoridades da área de Administração de Empresas na América Latina.

Por Idalberto Chiavenato, www.administradores.com.br

Todo profissional tem a sua caixa de ferramentas particular e específica. Sem ela, o profissional faz o serviço de maneira incompleta ou não realiza o trabalho. Dias atrás solicitei o serviço de um eletricista. Ele veio à minha casa, ouviu rapidamente o que devia fazer e foi até o seu carro buscar uma caixa de ferramentas. Era de metal e continha alicates de vários tipos, martelos e chaves de fendas.
Em seguida percebeu que o problema era maior do que pensava. Voltou ao seu carro e buscou outra caixa de ferramentas mais completa com cabos, fios, e outros equipamentos. Ao final, resolveu voltar novamente ao carro para apanhar outra caixa que raramente utilizava. Essa continha instrumentos mais sofisticados. Cada caixa tinha sua finalidade precípua para trabalhos simples ou técnicos ou ainda mais apurados.

Todas essas incursões me fizeram pensar na caixa de ferramentas do administrador. Cada profissional tem a sua. O encanador possui a caixa de ferramentas com grifos, canos, etc. Já o médico, geralmente, carrega uma bonita e elegante contendo instrumentos clínicos. O agricultor, por sua vez, tem a sua caixa para preparar o terreno, plantar e fazer a colheita. Mas a caixa de ferramentas do administrador é bem diferente. Logicamente ela depende do nível e amplitude da posição que ele ocupa na organização e à medida que desenvolve sua carreira. Mas qual é esse ferramental afinal de contas? Ele é material, físico e concreto? Caberia em uma simples caixa?

É bom lembrar que o administrador não executa e nem faz as coisas acontecerem por si próprio, mas através das pessoas que compõem a sua equipe de trabalho. Um presidente trabalha com os diretores, cada diretor com uma equipe de gerentes, cada gerente com seus supervisores e assim por diante. Cada qual possui suas metas, objetivos e produz resultados através de seus colaboradores.

A equipe constitui as mãos na massa, braços, pernas, músculos, cérebro e o sistema simpático e parassimpático do administrador. Não quero dizer que a caixa de ferramentas seja a sua equipe, estou longe disso. Seria uma blasfêmia, pouco caso e falta de respeito com essas pessoas. Mas é imprescindível lembrar que sem uma equipe bem escolhida, capacitada e motivada o administrador não produz nada.

A equipe é fundamental para o trabalho do administrador. Sem esse conjunto, ele fica sem sua caixa de ferramentas. Os parafusos que deve apertar, os curtocircuitos que deve evitar e a sintonia fina para obter alinhamento. Tudo isso fica sem ação. Para criar e desenvolver esse grupo, o administrador precisa ter um faro incrível para localizar talentos, selecionar seus componentes, organizar seu trabalho, treiná-los, desenvolvê-los e capacitá-los continuamente. Além disso, deve reconhecer sua contribuição ao negócio, mantê-los sempre motivados e proporcionar constante retroação a eles.

Todas essas competências administrativas ou gerenciais são fundamentais para o sucesso profissional do administrador. E devem também ser aplicadas para gerar um clima de trabalho agradável, criar e desenvolver competências em seus colaboradores, dar-lhes oportunidades para vencer, buscar a excelência e proporcionar resultados palpáveis.

O líder verdadeiro é aquele que forma futuros líderes. Somente quando prepara substitutos à sua altura é que o administrador terá condições de delegar missões com êxito e deslanchar para patamares mais elevados de responsabilidade e de realização pessoal. O administrador raramente trabalha sozinho. A administração é um fenômeno social e coletivo e não apenas individual ou solitário. Assim, transformar as pessoas que formam sua equipe em verdadeiros talentos capazes de oferecer contribuições incríveis.

Visão sistêmica e visão periférica são indispensáveis. Não se trata de mirar e entender o panorama global da empresa, mas também o que está acontecendo ao seu redor. E, sobretudo proporcionar rapidez e agilidade na resposta através da equipe. Talvez, até mais do que isso, o administrador precisa ser proativo e antecipatório nas decisões e ações. É que o futuro será completamente diferente do presente, assim como este está sendo diferente do passado. E não basta imitar ou copiar o que os outros estão fazendo. O mundo dos negócios de hoje exige criatividade, imaginação, engenhosidade e inovação.

A administração é uma profissão que envolve ciência, tecnologia e arte e que exige discernimento, intuição e perspectiva. Ao mesmo tempo, ela deve lidar com produtos, serviços, processos, pessoas, mercados, concorrência e uma infinidade de conceitos como produtividade, qualidade, responsabilidade econômica, sustentabilidade e outros mais que precisam ser adequadamente translatados em decisões capazes de proporcionar alcance de objetivos e oferta de valor e resultados.

E tudo isso lembrando que os stakeholders lá fora e aqui dentro estão aumentando cada vez mais suas expectativas a respeito do trabalho do administrador. Não é sopa, não!
Idalberto Chiavenato - umas das principais autoridades na área de Administração de Empresas da América Latina, é doutor e mestre em Administração pela City University of Los Angeles (EUA) e escreveu 30 best-sellers publicados no Brasil, 17 obras em língua espanhola, além de uma infinidade de artigos em revistas especializadas.

Siga os posts do Administradores no Twitter: @admnews.


Idalberto Chiavenato

Fundador e Presidente do Instituto Chiavenato, Idalberto Chiavenato é Doutor (PhD) e Mestre (MBA) em Administração pela City University of Los Angeles-CA, EUA, especialista em Administração de Empresas pela FGV-EAESP, graduado em Filosofia/Pedagogia, com especialização em Psicologia Educacional pela USP e em Direito pela Universidade Mackenzie.

É professor honorário de várias universidades do exterior e renomado palestrante ao redor do Mundo.

É reconhecido autor de 39 livros abordando Administração, Recursos Humanos, Estratégia Organizacional, Comportamento Organizacional publicados no Brasil e no exterior.

É conselheiro do CRA-SP e membro vitalício da Academia Brasileira de Ciências da Administração ocupando a cadeira nº 47. Recebeu dois títulos de Doutor Honoris Causa por universidades latino-americanas e a Comenda de Recursos Humanos pela ABRH-Nacional.

Atividades
Fundador e atual presidente do Instituto Chiavenato, conselheiro do Conselho Regional de Administração de São Paulo e candidato na chapa de Roberto Cardoso á vice-presidência do Conselho Federal de Administração em 2011, Idalberto Chiavenato é reconhecido e solicitado palestrante por todo o Brasil, América Latina, Portugal e países de língua portuguesa na África. Ganhador da comenda de Recursos Humanos da ABRH-Nacional e Doutor Honoris Causa na América Latina continua produzindo suas pesquisas e conceitos em administração através de seus livros, muitos deles Best-seller de suas áreas como Teoria Geral da Administração, Gestão de Pessoas e Planejamento Estratégico.

Contato com o Instituto Chiavenato de Educação: (11) 3467-2800 ou atendimento@chiavenato.com. Estamos no twitter (@chiavenato) e no Facebook (Instituto Chiavenato).

quarta-feira, 30 de março de 2011

A arte de preparar apresentações no trabalho

Em primeiro lugar, é preciso elaborar um roteiro do trabalho para guiar o profissional no momento da apresentação, afirma especialista

Infomoney

Acostumado com reuniões semanais em diferentes empresas, o especialista em saúde mental Vagner Contrucci, 50 anos, prepara ao menos uma vez por semana um conjunto de slides destinados a apresentações.

Não bastasse o aparato tecnológico, o profissional ainda elabora uma espécie de discurso básico, repleto de informações sobre a área, e trabalha na desmistificação dos conceitos que pretende passar ao público. “Procuro fazer uma apresentação dinâmica sempre. Aproveito de recursos como vídeo e slides para não deixar os ouvintes perderem o foco”, afirma o profissional.
Sujeito a críticas de algum ouvinte "sem paciência", Contrucci afirma que ainda não sofreu nenhum tipo de avaliação negativa. “Quando conduzo alguma apresentação, sempre olho nos olhos das pessoas e faço com que elas participem deste processo”.

Apresentações

Para o diretor da Global Network, Eberson Luiz Federezzi, para ter sucesso em uma apresentação, em primeiro lugar, é preciso elaborar um roteiro do trabalho para guiar o profissional.
Nesse roteiro, explica Federezzi, deverão estar os principais fatores para o bom andamento da palestra, como o tempo disponível para a apresentação, o público-alvo, o espaço físico, os recursos disponíveis, assim como o objetivo da apresentação.
Segundo o diretor da Global Network, o profissional que pretende atrair a atenção de seu público por meio de apresentações deve se ater aos seguintes conceitos:

  • Manter o contato visual com as pessoas e observar o comportamento e as reações delas;
  • Demonstrar segurança no que está falando;
  • Ser conciso, cuidando para não se perder em longas explicações;
  • Enfatizar com gestos, mas sem exagerar nos movimentos;
  • Utilizar entonações, pausas e volume da voz para destacar os ganchos e os pensamentos principais;
  • Sofisticar os recursos audiovisuais: slides e/ou transparências com gráficos, figuras, imagens, frases de efeito;
  • Se o assunto for muito técnico, fazer comparações com situações do cotidiano e utilizar exemplos práticos;
  • Falar com a plateia e não para a plateia, interagindo com as pessoas;
  • para manter o interesse do público, apresente argumentos interessantes, motivadores e seja criativo.
Precauções

Seguir somente as orientações acima, no entanto, não é suficiente. De acordo com Federezzi, quem faz uma apresentação deve se preocupar com gestos, dicção e, principalmente, comentários sobre algum tema.
"Cuidado com gestos repetitivos, pois o excesso deles pode transformar-se numa barreira visual. É bom não falar muito alto ou muito baixo, devagar ou muito rápido e evite piadas sem graça ou ofensivas para tentar conquistar a atenção da plateia", descreve.
O executivo chama a atenção ainda para erros gramaticais e pronúncias incorretas de termos estrangeiros e vícios de linguagem. Segundo ele, nas apresentações com slides, outras dicas são evitar utilizar muitas fontes diferentes, assim como cores que causem distração ou dificuldade na leitura.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Trabalhar com meu chefe é um pesadelo

Em algum ponto da nossa carreira esbarramos com más lideranças, que desmotivam colaboradores e afetam de forma significativa a produtividade e o desempenho de toda a equipe

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br

Diversos motivos podem levar a um mau relacionamento entre profissionais no ambiente de trabalho. Fofoca, pressão dos superiores, maus resultados, duelo de egos e até há situações que desconhecemos o motivo inicial desses indesejáveis conflitos. Mas tudo se torna pior quando o relacionamento ruim é logo com o chefe. Alguns, inclusive, parecem ter a habilidade de dificultar o trabalho e tornam o ambiente num verdadeiro inferno. Ocorre que, dentro de locais de trabalho assim, nada inspira mais comentários que o próprio chefe, e não há como escapar da convivência com ele.

A atendente comercial Érika Morais sabe bem o que é isso. Ela passou por essa situação na última empresa em que trabalhou. "Essa chefe, inclusive, vivia nos ameaçando de demissão. Teve um momento que chegou a nos dizer que ia ser como um pitbull em cima da gente. Fazia meu trabalho do mesmo jeito, mas frustrada pela falta de reconhecimento", conta.
Já o administrador de empresas Victor Lins não teve apenas uma experiência desagradável, mas sim duas nas últimas empresas por onde passou. "Um deles era o 'explorador'. Ele me passava os serviços de responsabilidade dele como se fosse minha obrigação. Uma vez até quis que eu assinasse um documento que nem sabia do que se tratava. Tive que relatar para o superior dele e, então, deixou de me pedir coisas que não tinham a ver com meu serviço. Já o outro era o estilo 'ignorante'. Era comum gritar com todo mundo e fazer com que os próprios funcionários tivessem medo dele. Várias colegas de trabalho choravam no banheiro por causa de sua ignorância", aponta Victor.

Esta matéria foi publicada originalmente na revista Administradores nº 1. Confira acima outros destaques da edição:

Ambiente "hostil"

Muitas vezes, os funcionários odeiam a gerência porque acham que não são tratados com respeito e se sentem impotentes para tomar atitudes. Embora poucos colaboradores se exponham e digam ao RH e chefes que estão infelizes, a maioria prefere fazer de propósito o mínimo de trabalho possível ou deixam de dar boas sugestões. O resultado: a produtividade e o empenho do funcionário caem, a satisfação do cliente diminui e o lucro da empresa é quase sempre reduzido.

Especialistas recomendam nesses casos de clima tenso, em que existam grupos divididos e pessoas que não se falam direito, que procurem construir um ambiente mais leve. "Respeito deve ser o ponto-chave em qualquer situação. Se há no ambiente de trabalho uma falta de respeito mútua é preciso fazer um amplo trabalho para revisar desde a missão, a visão e os valores da empresa. Ao perceber que, em alguma área ou departamento, a situação chegou a este cenário, os sócios ou principais diretores da empresa precisam tomar a decisão de querer mudar. E, para isto, será necessário investir em treinamento para disseminar estes conceitos dentro da companhia", relata a especialista Sueli Brusco.
Para a consultora, "é preciso despertar o orgulho do colaborador em trabalhar na empresa. Se as pessoas possuem orgulho de trabalhar na companhia, situações de desrespeito não acontecem".

"Rádio Peão"

Sempre há aqueles que falam bem pela frente e mal pelas costas da pessoa. Beto Ribeiro, que já liderou equipes em grandes empresas e autor do livro "Eu odeio meu chefe", indica que o grande problema das fofocas está nas pessoas confundirem o lado pessoal com o profissional. "A fofoca cria intrigas e picuinhas que podem se transformar em uma bola de neve de problemas. Evite começar algum tipo de comentário e seja transparente em seu relacionamento com os colegas de trabalho."

De acordo com o consultor, nessas horas é melhor estar no time daqueles que apenas ouvem. "É bobagem achar que não vamos encontrar fofocas na empresa, ou seja, a conhecida 'rádio peão'. Elas existem e não há como evitar. Em meio a fofocas é melhor ser ouvinte do que a fonte."

O amigo feedback

A falta de comunicação entre "comandantes" e "comandados" também eleva o índice de problemas dentro das empresas. A consultora Sueli indica que feedbacks constantes e treinamentos são peças-chaves neste processo. "A partir deste contato próximo é possível identificar os motivos das intrigas e disseminar a cultura da empresa. Campanhas motivacionais e que tornam a competição divertida pode também ajudar neste processo", relata Sueli Brusco.
Já Beto Ribeiro destaca que o incomodado com a situação deve procurar saber o que está acontecendo para situações de mal estar. "Melhor do que chorar pelos corredores é ir de encontro ao problema." Mas o consultor faz um alerta. "Se o problema for com o chefe, é melhor que seja resolvido em portas fechadas. Caso não seja solucionado ou ele não der abertura para tal, procure o RH."

Porém, alguns têm o hábito de não ouvir o que o outro fala, seja propositalmente ou por falta de atenção. "Por isso, tão importante quanto falar é aprender a ouvir. Ouça com atenção, sem julgamento e preconceitos, para que assim as arestas sejam aparadas e o conflito eliminado", conclui o consultor Beto.

O ambiente de trabalho é o lugar onde os profissionais passam grande parte do seu dia, por isso, a convivência com pessoas de diferentes personalidades pode resultar em um clima prazeroso e de aprendizado ou, num lugar extremamente desagradável. Então, como você prefere deixar o ambiente na empresa em que atua?
Conheça os dez piores tipos de chefe nas empresas e veja como aturá-los (ou não)

Chefe GRITO
Gritar é o seu lema. Grita de dia, grita de noite. Adora brigar no telefone, gritar com a recepcionista e até com o presidente. O "bom-dia" já é em alto e bom tom – isso quando o sujeito quer ser fino. Grita porque não encontra a carteira; grita porque não acha a pasta da reunião; grita porque o Corinthians perdeu – e o tonto, claro, é palmeirense.

O chefe Grito adora brigar no telefone

O que fazer? Com esse tipo, a única opção é dar um grito ainda maior. Se ele baixar a guarda – geralmente esses bobos têm a autoestima muito baixa –, você ganhou e vai conseguir, sim, suas férias e até o aumento que você queria. Se a figura não for lá muito de ter medo, pronto, você perdeu o emprego. Mas, pelo menos, gritou também.

Chefe QUEM, EU?
Um "sabonetão", este chefe faz de tudo para não ter que resolver nada. Ele não só foge do conflito como faz de conta que o problema não é dele. Quem paga é a sua equipe, que, para não passar por incompetente, acaba tendo que fazer de conta que seu chefe não é tão inútil assim.
O que fazer? Na frente de todo mundo, o questione em alto e bom tom. Coloque-o frente a frente com o problema e exija uma solução. Peça respostas, pressione. Ele vai dizer que precisa comprar um cigarro e nunca mais vai voltar. E nem fumante o tonto é.

Chefe NÃO
Não importa a pergunta ou a necessidade, é não e acabou. O Chefe Não gosta de intimidar tudo e todos com sua negativa sonora. O seu "não" parece tão definitivo que seus subordinados nunca mais perguntarão nada e farão seu trabalho quietinhos. Nada como intimidar alguém a ponto do coitado não ter coragem para questionar mais nada – é o lema deste querido chefe.
O que fazer? Tente perguntar: "Por que não?" e veja-o escorregar facilmente na sua própria armadilha. E, se ele responder "Porque não", pergunte novamente: "Por que não?". É bem provável que sua pergunta ganhe um "sim" como resposta só para ele se livrar de você. Este é o famoso "cachorro-que-late-mas-não-morde".

Chefe SEI-QUE-SOU-BOM-DEMAIS
Não é que este tipo leva mesmo a sério o que o RH falou para ele? Foi mais ou menos assim: "O principal ativo da empresa são nossos colaboradores, nossos talentos: você". Este chefe se acha tão bom, mas tão bom, que a pergunta que ele vai te fazer é: "Como você consegue viver sem mim?"
O que fazer? Aproveite. Com o Chefe SEI-QUE-SOU-BOM-DEMAIS é só lustrar o ego da vítima e você conseguirá tudo o que merece. Até mesmo, um dia, ser chefe dele. Dica: fale três vezes ao dia para este chefe em questão o quanto você o acha incrível! Elogie os sapatos, se for mulher, o terno, se for homem. Esses narcisos são idiotas o suficiente pra acreditar em qualquer tipo de elogio.

Chefe INDICAÇÃO
Está lá na mesa de chefe só porque tem boas conexões. Geralmente é amigo do dono ou do filho do dono. Pouco sabe sobre o trabalho ou a empresa, e geralmente atrapalha bastante a equipe com ideias inovadoras, mas pouco funcionais. Como tem costas quentes, não se preocupa em falar ou fazer besteira.

O que fazer? Ajude-o a fazer aquelas planilhas de Excel que ninguém sabe para que servem, assim você ganha a simpatia dele.

Chefe REUNIÃO
Este chefe pede uma reunião pra tudo. Para aprovar um projeto: "Vamos fazer uma reuniãozinha?" Para definir se o estagiário senta do lado direito ou do lado esquerdo da mesa: "Vamos pra sala de reunião?" Para dar ok nas suas férias: "Vamos nos reunir?" E pior: reúne toda a equipe por horas e não diz nada.

O que fazer? Tenha sempre uma pauta pesada para essas reuniões. O Chefe REUNIÃO faz reunião para não ter que resolver nada. Se a reunião se tornar trabalho, ele vai pensar duas vezes antes de pedir outra.

Chefe TROPA DE ELITE
Este é um dos piores chefes. Se não for o seu, agradeça a todos os deuses do universo corporativo. O Chefe TROPA DE ELITE é daqueles que gosta de colocar a equipe sob pressão máxima. Nunca está satisfeito e adora mostrar que ele, o chefe, tem uma solução melhor para tudo. Diminuir a autoestima da equipe é uma tática para transformar pessoas em zumbis workaholics. Ai daquele que chegar para trabalhar sem ter checado seus e-mails às duas da manhã.

O que fazer? Não tem outro jeito... Peça demissão. Este tipo de chefe não vai mudar e ainda tem todo o apoio da diretoria. Aliás, o sonho do board é que toda empresa fosse feita de Capitães Nascimento.

Chefe PINÓQUIO
Nossa, como este chefe mente! E mente bem. O danado sabe mentir melhor que qualquer bom ator, e, com suas mentiras, sempre coloca sua equipe em risco. O Chefe PINÓQUIO não sente qualquer constrangimento em dizer que mandou a apresentação e ainda coloca a culpa na internet. Mente que já terminou todo o orçamento e que já o salvou na rede. "Você que não viu", ele vai dizer. E, pior, você vai acreditar.
O Chefe PINÓQUIO não sente qualquer constrangimento em dizer que mandou
a apresentação e ainda coloca a culpa na internet
O que fazer? Quando ele disser: "Mas eu mandei para você!", diga que você não sabe o que está acontecendo e peça para ver o e-mail na caixa de itens enviados. "Acho que meu e-mail está com algum problema", responda com cara de idiota. Aprenda a mentir melhor que ele e deixe-o em situações bem saia justa.

Chefe 171
"Enrolador e enrolão", este cara adora não fazer nada, esperar a equipe resolver o problema e posar de pavão. O Chefe 171 sempre acaba se dando bem. São sem-vergonhas, sem caráter e sem ética nenhuma. Mas conseguem a simpatia de todos e de todas, inclusive de quem é usado e abusado por ele da sua área.

O que fazer? Faça a máscara do sujeito cair no meio de uma reunião geral com todas as áreas. Mas atenção: o 171 é inteligente e muito escorregadio. É capaz de ele conseguir reverter a situação e você passar por bobo ou incompetente.

O Chefe DUAS CARAS é sempre uma surpresa. Ele pode chegar simpático, gente boa e até divertido. O dia vai passar que é uma beleza, vai ser ótimo trabalhar com ele. Mas... no dia seguinte, ele pode estar no pior estado em que um ser humano poderia estar. Na pior das hipóteses, ele não vai ser lá muito legal: ele vai fazer de tudo para que o seu dia seja péssimo. Prepare-se... Todos aqueles projetos que não andam, hoje, terão que andar. Ah, vão andar... Com ou sem você.

O que fazer? Uma coisa deve ser dita: o Chefe DUAS CARAS, geralmente, é brilhante. Tem, de fato, uma inteligência acima da média. Então, aproveite quando ele estiver de bom humor e aprenda tudo o que conseguir. E deixe o seu trabalho impecável para quando o lado negro dele aparecer.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

E agora, José: mudar pelo dinheiro ou ficar pela carreira?

Agir pensando apenas no salário é uma visão de curto prazo. A decisão deve estar centrada em uma abordagem estratégica, levantando a pergunta "aonde eu quero chegar"?

Por Nelson Moschetti, www.administradores.com.br

A festa de formatura acabou, as luzes se apagaram. Colegas, professores, amigos, familiares, todos foram embora. Sobrou a noite fria da solidão do seu quarto, um canudo universitário na sua mão e pensamentos que lembram Drummond, na sua sábia pergunta "E agora, José? E agora, você?"

A vida de estudante, com alegrias e sacrifícios, ficou para trás. O futuro profissional lhe pertence tanto para as necessidades de sobrevivência quanto para a realização pessoal. José se lembra das conversas que teve com os seus professores e colegas de classe. Em resumo, eles diziam: tudo começa com um bom estágio.

A maioria das empresas sólidas que se preocupam com o desenvolvimento profissional contrata vários estagiários e seleciona os melhores para trainees. Outras, também sólidas, são mais rigorosas no processo seletivo e recrutam estagiários para serem depois efetivados como trainees. Neste caso, a regra é manter o estagiário. Essas companhias entendem que seria uma grande perda não continuar com ele depois de formado, em função do grande investimento efetuado no treinamento em sala de aula e treinamento no trabalho.

A pergunta "E agora, José?" tem pelo menos um princípio de resposta. Seu estágio terminou, você teve ótimas oportunidades de aprendizagem e, verdade seja dita, soube aproveitá-las. E mais, foi convidado para ser efetivado e participar do programa de trainee da Empresa "Alfa". O salário é apenas razoável. Surge o dilema: aceitar ou procurar uma oportunidade salarial melhor no mercado de trabalho?

Novamente José resgatou conversas e experiências de colegas da faculdade. Pensou no Antonio, veterano do mesmo curso e formado há dois anos. Naquela mesma época ele estava muito feliz, pois, além da formatura, tinha conseguido um emprego com um ótimo salário. Meses atrás, no entanto, José o encontrou triste e cabisbaixo. Mesmo com ótimo salário, Antonio, desmotivado confidenciou ao amigo: "Salário não é tudo, pois a empresa não investia em treinamento e desenvolvimento profissional. Pior, não havia perspectiva de crescimento".

indecisao
O que você quer para seu futuro? (Foto: montagem)

Antonio se sentia estagnado. Era como se batesse a cabeça no teto, não havia para onde ir, sobrava a rotina do dia a dia, sempre realizando as mesmas atividades. Não havia na empresa uma política de movimentação horizontal (rodízio de cargos no mesmo nível hierárquico) e eram raríssimas as movimentações verticais (promoções).

O sofrimento do amigo acendeu um alerta. Tomar uma decisão, apenas focando o salário, representa uma visão de curto prazo. A decisão deve estar centrada em uma abordagem estratégica, levantando a pergunta "onde eu quero chegar profissionalmente daqui a cinco anos?". A partir destas reflexões, José resolveu conversar com o gestor dos estagiários e pedir esclarecimentos necessários para uma tomada de decisão eficaz.

O gestor explicou que, além do salário razoável, a empresa oferecia um plano de carreira, sintetizado nas seguintes etapas de ascensão: estagiário, trainee, assistente, sênior, coordenador, gerente. Explicou que, conforme o planejamento de carreira do colaborador, estabelecido consensualmente com a hierarquia da empresa, poderia haver movimentações horizontais. Apresentou também o tempo médio estimado que os colaboradores ficavam em cada um dos cargos, sempre levando em consideração o desempenho profissional esperado.

Disse mais: que o colaborador poderia chegar à alta hierarquia da empresa no cargo de diretor ou até mesmo de sócio, sempre em função do desempenho e resultados alcançados. José aceitou o convite, pois o conjunto da obra apresentava um bom equilíbrio entre carreira e salário, evidenciando que o momento era de investimento na carreira profissional.

Nelson Moschetti - é consultor de Recursos Humanos da Crowe Horwath RCS.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Volta às aulas

Sempre que iniciamos um ano letivo surge uma questão: Como reter e manter a atenção de um público que - cada vez mais - exige temas relevantes e que possam ser encaixados em suas expectativas profissionais e de vida?

A resposta nunca é simples, pois exige de nós professores uma total e irrestrita cumplicidade com o novo, com o contemporâneo.

Por outro lado é a mola propulsora que nos lança rumo à novas descobertas e formas de transmiti-las adiante. Nada mais do que obrigar-se a estudar, estudar e estudar.

O mundo é mutável e está em constante mutação.

A exigência é uma só: Ou mudamos e evoluímos ou pagamos o preço da mesmice!

Boas aulas.