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quarta-feira, 30 de março de 2011

A arte de preparar apresentações no trabalho

Em primeiro lugar, é preciso elaborar um roteiro do trabalho para guiar o profissional no momento da apresentação, afirma especialista

Infomoney

Acostumado com reuniões semanais em diferentes empresas, o especialista em saúde mental Vagner Contrucci, 50 anos, prepara ao menos uma vez por semana um conjunto de slides destinados a apresentações.

Não bastasse o aparato tecnológico, o profissional ainda elabora uma espécie de discurso básico, repleto de informações sobre a área, e trabalha na desmistificação dos conceitos que pretende passar ao público. “Procuro fazer uma apresentação dinâmica sempre. Aproveito de recursos como vídeo e slides para não deixar os ouvintes perderem o foco”, afirma o profissional.
Sujeito a críticas de algum ouvinte "sem paciência", Contrucci afirma que ainda não sofreu nenhum tipo de avaliação negativa. “Quando conduzo alguma apresentação, sempre olho nos olhos das pessoas e faço com que elas participem deste processo”.

Apresentações

Para o diretor da Global Network, Eberson Luiz Federezzi, para ter sucesso em uma apresentação, em primeiro lugar, é preciso elaborar um roteiro do trabalho para guiar o profissional.
Nesse roteiro, explica Federezzi, deverão estar os principais fatores para o bom andamento da palestra, como o tempo disponível para a apresentação, o público-alvo, o espaço físico, os recursos disponíveis, assim como o objetivo da apresentação.
Segundo o diretor da Global Network, o profissional que pretende atrair a atenção de seu público por meio de apresentações deve se ater aos seguintes conceitos:

  • Manter o contato visual com as pessoas e observar o comportamento e as reações delas;
  • Demonstrar segurança no que está falando;
  • Ser conciso, cuidando para não se perder em longas explicações;
  • Enfatizar com gestos, mas sem exagerar nos movimentos;
  • Utilizar entonações, pausas e volume da voz para destacar os ganchos e os pensamentos principais;
  • Sofisticar os recursos audiovisuais: slides e/ou transparências com gráficos, figuras, imagens, frases de efeito;
  • Se o assunto for muito técnico, fazer comparações com situações do cotidiano e utilizar exemplos práticos;
  • Falar com a plateia e não para a plateia, interagindo com as pessoas;
  • para manter o interesse do público, apresente argumentos interessantes, motivadores e seja criativo.
Precauções

Seguir somente as orientações acima, no entanto, não é suficiente. De acordo com Federezzi, quem faz uma apresentação deve se preocupar com gestos, dicção e, principalmente, comentários sobre algum tema.
"Cuidado com gestos repetitivos, pois o excesso deles pode transformar-se numa barreira visual. É bom não falar muito alto ou muito baixo, devagar ou muito rápido e evite piadas sem graça ou ofensivas para tentar conquistar a atenção da plateia", descreve.
O executivo chama a atenção ainda para erros gramaticais e pronúncias incorretas de termos estrangeiros e vícios de linguagem. Segundo ele, nas apresentações com slides, outras dicas são evitar utilizar muitas fontes diferentes, assim como cores que causem distração ou dificuldade na leitura.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Trabalhar com meu chefe é um pesadelo

Em algum ponto da nossa carreira esbarramos com más lideranças, que desmotivam colaboradores e afetam de forma significativa a produtividade e o desempenho de toda a equipe

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br

Diversos motivos podem levar a um mau relacionamento entre profissionais no ambiente de trabalho. Fofoca, pressão dos superiores, maus resultados, duelo de egos e até há situações que desconhecemos o motivo inicial desses indesejáveis conflitos. Mas tudo se torna pior quando o relacionamento ruim é logo com o chefe. Alguns, inclusive, parecem ter a habilidade de dificultar o trabalho e tornam o ambiente num verdadeiro inferno. Ocorre que, dentro de locais de trabalho assim, nada inspira mais comentários que o próprio chefe, e não há como escapar da convivência com ele.

A atendente comercial Érika Morais sabe bem o que é isso. Ela passou por essa situação na última empresa em que trabalhou. "Essa chefe, inclusive, vivia nos ameaçando de demissão. Teve um momento que chegou a nos dizer que ia ser como um pitbull em cima da gente. Fazia meu trabalho do mesmo jeito, mas frustrada pela falta de reconhecimento", conta.
Já o administrador de empresas Victor Lins não teve apenas uma experiência desagradável, mas sim duas nas últimas empresas por onde passou. "Um deles era o 'explorador'. Ele me passava os serviços de responsabilidade dele como se fosse minha obrigação. Uma vez até quis que eu assinasse um documento que nem sabia do que se tratava. Tive que relatar para o superior dele e, então, deixou de me pedir coisas que não tinham a ver com meu serviço. Já o outro era o estilo 'ignorante'. Era comum gritar com todo mundo e fazer com que os próprios funcionários tivessem medo dele. Várias colegas de trabalho choravam no banheiro por causa de sua ignorância", aponta Victor.

Esta matéria foi publicada originalmente na revista Administradores nº 1. Confira acima outros destaques da edição:

Ambiente "hostil"

Muitas vezes, os funcionários odeiam a gerência porque acham que não são tratados com respeito e se sentem impotentes para tomar atitudes. Embora poucos colaboradores se exponham e digam ao RH e chefes que estão infelizes, a maioria prefere fazer de propósito o mínimo de trabalho possível ou deixam de dar boas sugestões. O resultado: a produtividade e o empenho do funcionário caem, a satisfação do cliente diminui e o lucro da empresa é quase sempre reduzido.

Especialistas recomendam nesses casos de clima tenso, em que existam grupos divididos e pessoas que não se falam direito, que procurem construir um ambiente mais leve. "Respeito deve ser o ponto-chave em qualquer situação. Se há no ambiente de trabalho uma falta de respeito mútua é preciso fazer um amplo trabalho para revisar desde a missão, a visão e os valores da empresa. Ao perceber que, em alguma área ou departamento, a situação chegou a este cenário, os sócios ou principais diretores da empresa precisam tomar a decisão de querer mudar. E, para isto, será necessário investir em treinamento para disseminar estes conceitos dentro da companhia", relata a especialista Sueli Brusco.
Para a consultora, "é preciso despertar o orgulho do colaborador em trabalhar na empresa. Se as pessoas possuem orgulho de trabalhar na companhia, situações de desrespeito não acontecem".

"Rádio Peão"

Sempre há aqueles que falam bem pela frente e mal pelas costas da pessoa. Beto Ribeiro, que já liderou equipes em grandes empresas e autor do livro "Eu odeio meu chefe", indica que o grande problema das fofocas está nas pessoas confundirem o lado pessoal com o profissional. "A fofoca cria intrigas e picuinhas que podem se transformar em uma bola de neve de problemas. Evite começar algum tipo de comentário e seja transparente em seu relacionamento com os colegas de trabalho."

De acordo com o consultor, nessas horas é melhor estar no time daqueles que apenas ouvem. "É bobagem achar que não vamos encontrar fofocas na empresa, ou seja, a conhecida 'rádio peão'. Elas existem e não há como evitar. Em meio a fofocas é melhor ser ouvinte do que a fonte."

O amigo feedback

A falta de comunicação entre "comandantes" e "comandados" também eleva o índice de problemas dentro das empresas. A consultora Sueli indica que feedbacks constantes e treinamentos são peças-chaves neste processo. "A partir deste contato próximo é possível identificar os motivos das intrigas e disseminar a cultura da empresa. Campanhas motivacionais e que tornam a competição divertida pode também ajudar neste processo", relata Sueli Brusco.
Já Beto Ribeiro destaca que o incomodado com a situação deve procurar saber o que está acontecendo para situações de mal estar. "Melhor do que chorar pelos corredores é ir de encontro ao problema." Mas o consultor faz um alerta. "Se o problema for com o chefe, é melhor que seja resolvido em portas fechadas. Caso não seja solucionado ou ele não der abertura para tal, procure o RH."

Porém, alguns têm o hábito de não ouvir o que o outro fala, seja propositalmente ou por falta de atenção. "Por isso, tão importante quanto falar é aprender a ouvir. Ouça com atenção, sem julgamento e preconceitos, para que assim as arestas sejam aparadas e o conflito eliminado", conclui o consultor Beto.

O ambiente de trabalho é o lugar onde os profissionais passam grande parte do seu dia, por isso, a convivência com pessoas de diferentes personalidades pode resultar em um clima prazeroso e de aprendizado ou, num lugar extremamente desagradável. Então, como você prefere deixar o ambiente na empresa em que atua?
Conheça os dez piores tipos de chefe nas empresas e veja como aturá-los (ou não)

Chefe GRITO
Gritar é o seu lema. Grita de dia, grita de noite. Adora brigar no telefone, gritar com a recepcionista e até com o presidente. O "bom-dia" já é em alto e bom tom – isso quando o sujeito quer ser fino. Grita porque não encontra a carteira; grita porque não acha a pasta da reunião; grita porque o Corinthians perdeu – e o tonto, claro, é palmeirense.

O chefe Grito adora brigar no telefone

O que fazer? Com esse tipo, a única opção é dar um grito ainda maior. Se ele baixar a guarda – geralmente esses bobos têm a autoestima muito baixa –, você ganhou e vai conseguir, sim, suas férias e até o aumento que você queria. Se a figura não for lá muito de ter medo, pronto, você perdeu o emprego. Mas, pelo menos, gritou também.

Chefe QUEM, EU?
Um "sabonetão", este chefe faz de tudo para não ter que resolver nada. Ele não só foge do conflito como faz de conta que o problema não é dele. Quem paga é a sua equipe, que, para não passar por incompetente, acaba tendo que fazer de conta que seu chefe não é tão inútil assim.
O que fazer? Na frente de todo mundo, o questione em alto e bom tom. Coloque-o frente a frente com o problema e exija uma solução. Peça respostas, pressione. Ele vai dizer que precisa comprar um cigarro e nunca mais vai voltar. E nem fumante o tonto é.

Chefe NÃO
Não importa a pergunta ou a necessidade, é não e acabou. O Chefe Não gosta de intimidar tudo e todos com sua negativa sonora. O seu "não" parece tão definitivo que seus subordinados nunca mais perguntarão nada e farão seu trabalho quietinhos. Nada como intimidar alguém a ponto do coitado não ter coragem para questionar mais nada – é o lema deste querido chefe.
O que fazer? Tente perguntar: "Por que não?" e veja-o escorregar facilmente na sua própria armadilha. E, se ele responder "Porque não", pergunte novamente: "Por que não?". É bem provável que sua pergunta ganhe um "sim" como resposta só para ele se livrar de você. Este é o famoso "cachorro-que-late-mas-não-morde".

Chefe SEI-QUE-SOU-BOM-DEMAIS
Não é que este tipo leva mesmo a sério o que o RH falou para ele? Foi mais ou menos assim: "O principal ativo da empresa são nossos colaboradores, nossos talentos: você". Este chefe se acha tão bom, mas tão bom, que a pergunta que ele vai te fazer é: "Como você consegue viver sem mim?"
O que fazer? Aproveite. Com o Chefe SEI-QUE-SOU-BOM-DEMAIS é só lustrar o ego da vítima e você conseguirá tudo o que merece. Até mesmo, um dia, ser chefe dele. Dica: fale três vezes ao dia para este chefe em questão o quanto você o acha incrível! Elogie os sapatos, se for mulher, o terno, se for homem. Esses narcisos são idiotas o suficiente pra acreditar em qualquer tipo de elogio.

Chefe INDICAÇÃO
Está lá na mesa de chefe só porque tem boas conexões. Geralmente é amigo do dono ou do filho do dono. Pouco sabe sobre o trabalho ou a empresa, e geralmente atrapalha bastante a equipe com ideias inovadoras, mas pouco funcionais. Como tem costas quentes, não se preocupa em falar ou fazer besteira.

O que fazer? Ajude-o a fazer aquelas planilhas de Excel que ninguém sabe para que servem, assim você ganha a simpatia dele.

Chefe REUNIÃO
Este chefe pede uma reunião pra tudo. Para aprovar um projeto: "Vamos fazer uma reuniãozinha?" Para definir se o estagiário senta do lado direito ou do lado esquerdo da mesa: "Vamos pra sala de reunião?" Para dar ok nas suas férias: "Vamos nos reunir?" E pior: reúne toda a equipe por horas e não diz nada.

O que fazer? Tenha sempre uma pauta pesada para essas reuniões. O Chefe REUNIÃO faz reunião para não ter que resolver nada. Se a reunião se tornar trabalho, ele vai pensar duas vezes antes de pedir outra.

Chefe TROPA DE ELITE
Este é um dos piores chefes. Se não for o seu, agradeça a todos os deuses do universo corporativo. O Chefe TROPA DE ELITE é daqueles que gosta de colocar a equipe sob pressão máxima. Nunca está satisfeito e adora mostrar que ele, o chefe, tem uma solução melhor para tudo. Diminuir a autoestima da equipe é uma tática para transformar pessoas em zumbis workaholics. Ai daquele que chegar para trabalhar sem ter checado seus e-mails às duas da manhã.

O que fazer? Não tem outro jeito... Peça demissão. Este tipo de chefe não vai mudar e ainda tem todo o apoio da diretoria. Aliás, o sonho do board é que toda empresa fosse feita de Capitães Nascimento.

Chefe PINÓQUIO
Nossa, como este chefe mente! E mente bem. O danado sabe mentir melhor que qualquer bom ator, e, com suas mentiras, sempre coloca sua equipe em risco. O Chefe PINÓQUIO não sente qualquer constrangimento em dizer que mandou a apresentação e ainda coloca a culpa na internet. Mente que já terminou todo o orçamento e que já o salvou na rede. "Você que não viu", ele vai dizer. E, pior, você vai acreditar.
O Chefe PINÓQUIO não sente qualquer constrangimento em dizer que mandou
a apresentação e ainda coloca a culpa na internet
O que fazer? Quando ele disser: "Mas eu mandei para você!", diga que você não sabe o que está acontecendo e peça para ver o e-mail na caixa de itens enviados. "Acho que meu e-mail está com algum problema", responda com cara de idiota. Aprenda a mentir melhor que ele e deixe-o em situações bem saia justa.

Chefe 171
"Enrolador e enrolão", este cara adora não fazer nada, esperar a equipe resolver o problema e posar de pavão. O Chefe 171 sempre acaba se dando bem. São sem-vergonhas, sem caráter e sem ética nenhuma. Mas conseguem a simpatia de todos e de todas, inclusive de quem é usado e abusado por ele da sua área.

O que fazer? Faça a máscara do sujeito cair no meio de uma reunião geral com todas as áreas. Mas atenção: o 171 é inteligente e muito escorregadio. É capaz de ele conseguir reverter a situação e você passar por bobo ou incompetente.

O Chefe DUAS CARAS é sempre uma surpresa. Ele pode chegar simpático, gente boa e até divertido. O dia vai passar que é uma beleza, vai ser ótimo trabalhar com ele. Mas... no dia seguinte, ele pode estar no pior estado em que um ser humano poderia estar. Na pior das hipóteses, ele não vai ser lá muito legal: ele vai fazer de tudo para que o seu dia seja péssimo. Prepare-se... Todos aqueles projetos que não andam, hoje, terão que andar. Ah, vão andar... Com ou sem você.

O que fazer? Uma coisa deve ser dita: o Chefe DUAS CARAS, geralmente, é brilhante. Tem, de fato, uma inteligência acima da média. Então, aproveite quando ele estiver de bom humor e aprenda tudo o que conseguir. E deixe o seu trabalho impecável para quando o lado negro dele aparecer.